terça-feira, setembro 09, 2003

Life's a bitch... and you don't have my wallet!

Este fim de semana, o escritório deu uma festa que contou com alguns RPs e as celebridades que lhes estão acopladas. Até aqui tudo normal. Claro que os maiores da empresa quiseram mostrar trabalho e simpatia e convidaram quase todas as pessoas que trabalham lá, isso incluiu a equipa informática e eu inclui as minha equipa pessoal para enfrentar os grandes desafios da vida ;)
Depois de ter gasto uma pequena fortuna num vestido para a ocasião, senti-me perfeitamente capaz e ambientada para enfrentar fachadas atrás de fachadas ou em alguns casos paredes inteiras!
Estava eu muito descansada com o meu copo de vinho na mão, quando vejo uma parede loira de 1.80m (que de certeza dá por um nome qualquer terminado em "uxa") a falar com o Marco, o técnico de informática. A conversa entre eles parecia estar a correr muito bem, quando uma míuda vem pedir um autógrafo à estueta de cristaleira, depois disso só vi o Marco engasgado com qualquer coisa e a tossir fortemente para o lado, mal a miúda sai de cena a conversa descambou e o meu respeito pelo Marco também!
A "Pituxa" diz-lhe que tem uma casa giríssima na baixa mas como nunca está lá estava a pensar em alugá-la, claro que o Marco, que não tem onde cair mais morto e vive com os pais, lhe disse que se passava o mesmo com ele mas com uma casa em Sintra! Depois disso a troca de telefones foi inevitável.
Porque raio é que um rapaz, trabalhador e bastante engraçado, se dá ao trabalho de mentir só para impressionar uma loira que não faz nada na vida a não ser dar a cara (e mais qualquer coisinha de certeza)?
Soube mais tarde (sim porque estas coisas sabem-se sempre) que a "Mituxa" acabou por lhe "mostrar os cantos à casa" e o Marco nunca mais lhe falou com vergonha da casa de Sintra.
Mas a festa não acabou aí, a João pescou um advogado de renome com um amigo muito idiota que tentou lançar a linha na minha direcção.
-Olá, és amiga da João?
-Sou. (o que mais se pode responder??? Talvez?? Ainda não sei bem???)
-Também estudaste economia?
-Não, estudei direito.
-Ah! O meu irmão também. Adoro essa cena de relações internacionais!!
(Adoras essa cena de relações internacionais???? Oh meu imbecil! Que "Cena"???)
-Eu sou advogada, não pertenço a essa CENA de relações internacionais.
-Ah!! Olha, toma o meu cartão, temos que combinar qualquer coisa. Gostava mesmo de aprender umas coisas de direito. Queres boleia? (à bocado não era a cena das relações internacionais???)
(Sim: e acabo a minha noite com um tipo que quer aprender umas cenas de direito e que provalmente tem um Porsche dado pelos pais | Não: e acabo a noite sozinha com a consciência tranquila e com o BMW que comprei com o meu dinheiro)
- Não obrigado, tenho a Nissan Vanette mesmo estacionada à porta!
Viro-me, esmago o cartão que ele me deu e deixo-o no caixote do lixo mais próximo, recolho o que sobrou das minhas amigas e acabamos em minha casa com uma cerveja na mão cada uma a rirmo-nos das histórias da noite.

segunda-feira, setembro 08, 2003

Virús informático - DST dos computadores

Devido a um problema que atacou muita gente nestes últimos tempos, inclusivé nós, estivemos impossibilitadas de chegar perto do blog.
Mas agora, estamos de volta ao activo!
Obrigado ao nosso ginecologista informático!

terça-feira, setembro 02, 2003

A fé move montanhas... mas eu prefiro dinamite!

Segunda-feira é um daqueles dias parados... até que alguém resolve combinar um almoço!
Estavamos todas (eu, a Ana, a João e a Inês) a almoçar na baixa quando um tipo, bem engraçado, se aproxima da nossa mesa e Ana quase foge para debaixo dela.
Depois de ter corado até aos limites do impossível lá lhe sai um "olátudobem" esganiçado, ele retribui e pergunta porque é que ela nunca mais lhe ligou, dela lá saiu uma desculpa esfarrapada do género "Estive para fora...". Mal ele se vai embora, depois de ela no meio do embaraço lhe ter prometido q lhe ligava qualquer dia, caimos-lhe todas em cima por causa do constrangimento (até porque o rapaz tinha muito bom ar, como fez logo questão de salientar a Inês, umas 5 vezes...).
Após cinco minutos de massacre e um gin tónico cada, ela confessou que o tipo não era sequer digno de um Globo de Ouro (quanto mais um Oscar) na cama ao ponto de ela fingir um orgasmo (and the award goes to...).
Será que as mulheres fingem um orgasmo porque julgam que os homens se interessam?
Sim, e a realidade é que eles querem saber.
O ego do comum mortal está sempre por um fio, mesmo aqueles que andam na rua a julgarem que são uma versão de fato do Tarzan. 90% das vezes que uma mulher se sente insatisfeita na cama a culpa é do gajo da liana.
É claro que se lhes dizemos sem qualquer tipo de tacto o resultado é desastroso e tornamos um actor medíocre num street performer ou seja no tipo de homem que finge que não se importa.
Mas ainda há outro caso que me estava a escapar mas que a João não me deixou esquecer - o maratonista!
O maratonista é aquele tipo de homem que devido, feliz ou infelizmente, a um erro genético consegue proezas dignas de filmes de segunda divisão de honra ou seja, aguentar o acto sexual para além dos limites do aceitável e permitido pelas normas da CEE, o que envolve normalmente muita prática aliada a muito pouca técnica que representa um grande turn off para muitas senão todas as mulheres, como este atleta, de alta competição, não fica satisfeito enquanto não chegar à meta lá fazemos um esforço e asteamos a bandeira aos quadrados para ele perceber que é mesmo a última volta e pronto fake it (havendo sempre a opção de sorrateiramente chegar ao objecto mais próximo e dar-lhe com ele na cabeça).
A conta por favor...

sexta-feira, agosto 29, 2003

Vencer não é tudo... Também é preciso humilhar o adversário.

Ontem, estava eu descansada num dos meus bares preferidos, na conversa com as minhas amigas, quando vejo um dos meus ex a descer as escadas e a dirigir-se ao bar!
(calma... respira fundo)
*pânico*
Opção 1: dirigir-me a ele agarrá-lo pelos colarinhos bater com a cabeça dele no balcão 2 a 3 vezes e gritar "Eu já te disse que este bar é meu!!!! O teu é aquele tasco ranhoso onde costumas ir ver o futebol!!!" e terminar com uma joelhada sem misericórdia.
Opção 2: fingir que não o vi, continuar a conversa que estava a ter e deixá-lo ver-me (passando a bola para o campo dele) ou ignorá-lo até me ir embora e depois dizer um olá/adeus muito rápido e sair.
Opção 2
Ele viu-me.
Veio na minha direcção com a sua garrafa de água mineral (uma grande mudança em relação ao habitual vodka triplo com sumo de limão, deve estar de ressaca...) e com aquele ar pretensioso do costume atira-me aquela pergunta retórica, que me faz apertar o copo que tenho na mão com tanta força que sinto o sangue a desaparecer, "Por aqui?" (não, estou ali na esquina, porque é que não vais ver se eu estou lá! Idiota!). Dei-lhe o meu segundo melhor sorriso (sim, sim e daqui a bocado estás a sangrar do nariz) e não disse nada, mas isso não o desarmou e ele continuou "Estás diferente... Estás mais...(se dizes gorda parto para a primeira opção sem pensar duas vezes)...mais relaxada." (not thanks to you!).
Depois de 10 minutos de conversa inútil e de umas tacadas perfeitas tipo:
-Então o trabalho está a correr bem?
-Muito, na próxima semana vou a Nova Iorque e passo por Londres antes de voltar. E tu, já arranjaste alguma coisa?
-Estou a pensar tirar umas férias para mim, viajar durante 3 semanas e depois logo se vê.
-Ah... Ainda estás desempregado...
pergunta-me:
-E namorado?
(está de férias?!, no hospital com uma perna partida em 3 sítios depois de fazer esqui aquático?!! hell p!)
-Er...Está aqui!!
O meu amigo lindo de morrer mas completamente passado para o mundo das flores e Bambis acaba de chegar (obrigado, obrigado, obrigado), claro que ele apercebeu-se de tudo e entrou no jogo deixando o meu ex de boca aberta.
-E tu e aa....?(espaço para dar a entender q não faço ideia de como se chama a bruxa com que ele andou depois de mim)
-Er... não, eu já... nós já... não andamos...
-Ah...- E dou um olhar muito significativo à umas sapatinhas com um ar ferrugento que ele tem calçadas.
-Temos que tomar um café qualquer dia.- diz ele mudando subitamente a conversa.
Abano a cabeça em sinal aprovativo mas da minha boca sai:
-Ou não...
Despedimo-nos com um mútuo "Então adeus, a gente vê-se." e fui ter de mão dada com o meu amigo ter com o resto do grupo para sairmos dali.
Reparei, quando ía a sair, que ele estava no bar com uma vodka limão...